Dias atrás percebi uma pequena luz que no céu piscava de segundo a segundo, parecia um sinal de alguma alma perdida no espaço. Depois a vi vagando por ali, protagonista, passeando entre as estrelas, ao redor da lua quase nova. Aquela luz brilhante se perdeu após um longo passeio. Pensei que talvez tivesse me enganado, colocando naquele simples cenário uma vida em que eu buscava ver.
Resolvi olhar ao meu redor. Prestei atenção na rua, nas pessoas dentro dos carros que passavam afobados, nas luzes daquela cidade louca, na calçada onde andava. Era noite e o que mais iluminava o caminho era o meu reflexo, a minha ofuscada luz que doava ao mundo, apesar do forte clarão de chamas que me ardia por dentro.
Depois daquele momento de admiração senti o grande sorriso que atravessava os enrugados traços do meu rosto e decidi correr insano pelas ruas. A única refeição teria sido nas primeiras horas do dia, só isso me impedira de correr a cidade inteira. Sentei-me no banco e comecei a te olhar. Olhei como se nunca tivesse visto alguém na vida, como se eu fosse um alienígena, um cientista, um escultor. De fato. Fiz teu retrato no vento, saboreando cada traço e dor que transmitias ao me ver.
Não me perguntes por que não mais sorri e nem por que fui embora sem ao menos dizer boa noite. A vida sempre nos deixa fazer coisas que não conseguimos explicar. E depois ficamos assim, procurando de todas as formas dar lógica, argumento, desculpas.
Resolvi olhar ao meu redor. Prestei atenção na rua, nas pessoas dentro dos carros que passavam afobados, nas luzes daquela cidade louca, na calçada onde andava. Era noite e o que mais iluminava o caminho era o meu reflexo, a minha ofuscada luz que doava ao mundo, apesar do forte clarão de chamas que me ardia por dentro.
Depois daquele momento de admiração senti o grande sorriso que atravessava os enrugados traços do meu rosto e decidi correr insano pelas ruas. A única refeição teria sido nas primeiras horas do dia, só isso me impedira de correr a cidade inteira. Sentei-me no banco e comecei a te olhar. Olhei como se nunca tivesse visto alguém na vida, como se eu fosse um alienígena, um cientista, um escultor. De fato. Fiz teu retrato no vento, saboreando cada traço e dor que transmitias ao me ver.
Não me perguntes por que não mais sorri e nem por que fui embora sem ao menos dizer boa noite. A vida sempre nos deixa fazer coisas que não conseguimos explicar. E depois ficamos assim, procurando de todas as formas dar lógica, argumento, desculpas.
Conformo-me, pois é assim que o artista se faz, de corpo ou alma, de vento ou polpa, de pão e pilão, de ar e fogo, de luz, noite e tormento.
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