Em tempos de comemorações aos 40 anos da morte de Che Guevara me peguei relendo alguns trechos do seu diário de viagem, que ganhei há uns 4 anos, escrito antes de ser o tão conhecido líder revolucionário.
Participante também dessas comemorações, porém não cabendo a mim aqui discutir, analisar ou defender, faço homenagem bem mais light (como a intenção deste sítio), trazendo uma idéia aos viajantes aventureiros que, normalmente, lá pelas tantas se pegam com o estoque de miojo ao fim e sem dinheiro para se divertir.
"(...) Logo antes de o sol nascer, cruzamos uma dupla de beberrões, e decidimos nosso brilhante plano "aniversário". Consiste no seguinte:
1 - Um de nós fala qualquer coisa em voz alta que nos identifique imediatamente como argentinos, alguma coisa como che no meio de outras expressões e pronúncias típicas. A vítima então pergunta de onde nós somos, e nós começamos a conversar.
2 - Passamos a relatar nossas aventuras sem fazer muito alarde a respeito, o tempo todo com o olhar perdido no horizonte.
3 - Aí então, eu entro e pergunto qual é a data do dia. Alguém responde e Alberto suspira e diz: "Que coinciência. Faz exatamente um ano". A vítima pergunta o que aconteceu há um ano e nós respondemos que faz exatamente um ano que nós começamos a viagem.
4 - Então Alberto, que é muito mais cara-de-pau do que eu, solta um tremendo suspiro e fala: "Que pena que nós estejamos tão sem dinheiro, não vamos poder celebrar" (fala isso meio de lado para mim). A vítima imediatamente oferece-se para pagar, nós fingimos recusar por alguns instantes, dizendo que não teríamos como pagar de volta etc.,mas por fim aceitamos.
5 - Após o primeiro copo eu me recuso totalmente a continuar bebendo, e Alberto começa a rir de mim. Nosso anfitrião se irrita e insiste, eu continuo a recusar, mas não digo o porquê. A vítima continua a indagar,até que eu confesso, um tanto quanto envergonhado, que na Argentina não existe o costume de beber sem comer.
Quanto nós conseguimos utilizando esse plano depende de cada momento, mas a técnica nunca falha."
Do livro De moto pela América do Sul, o diário de viagem de Ernerto 'Che' Guevara.
Participante também dessas comemorações, porém não cabendo a mim aqui discutir, analisar ou defender, faço homenagem bem mais light (como a intenção deste sítio), trazendo uma idéia aos viajantes aventureiros que, normalmente, lá pelas tantas se pegam com o estoque de miojo ao fim e sem dinheiro para se divertir.
"(...) Logo antes de o sol nascer, cruzamos uma dupla de beberrões, e decidimos nosso brilhante plano "aniversário". Consiste no seguinte:
1 - Um de nós fala qualquer coisa em voz alta que nos identifique imediatamente como argentinos, alguma coisa como che no meio de outras expressões e pronúncias típicas. A vítima então pergunta de onde nós somos, e nós começamos a conversar.
2 - Passamos a relatar nossas aventuras sem fazer muito alarde a respeito, o tempo todo com o olhar perdido no horizonte.
3 - Aí então, eu entro e pergunto qual é a data do dia. Alguém responde e Alberto suspira e diz: "Que coinciência. Faz exatamente um ano". A vítima pergunta o que aconteceu há um ano e nós respondemos que faz exatamente um ano que nós começamos a viagem.
4 - Então Alberto, que é muito mais cara-de-pau do que eu, solta um tremendo suspiro e fala: "Que pena que nós estejamos tão sem dinheiro, não vamos poder celebrar" (fala isso meio de lado para mim). A vítima imediatamente oferece-se para pagar, nós fingimos recusar por alguns instantes, dizendo que não teríamos como pagar de volta etc.,mas por fim aceitamos.
5 - Após o primeiro copo eu me recuso totalmente a continuar bebendo, e Alberto começa a rir de mim. Nosso anfitrião se irrita e insiste, eu continuo a recusar, mas não digo o porquê. A vítima continua a indagar,até que eu confesso, um tanto quanto envergonhado, que na Argentina não existe o costume de beber sem comer.
Quanto nós conseguimos utilizando esse plano depende de cada momento, mas a técnica nunca falha."
Do livro De moto pela América do Sul, o diário de viagem de Ernerto 'Che' Guevara.
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