15 de janeiro de 2008

Apático

Tenho pouco na bagagem
Pouca história para contar
Carrego dentro pouco de força, de esperança
e de sorriso para disfarçar.
Tenho muito de idade
O suficiente para confessar
Do que me resta, seja muito, espero
Pois do quase nada que me revelo
Não o chamo de viver.
Sobrevivo
No medo do que não sei, do que não quero
A todo tempo me contradigo
Mas sempre sigo o que me faz continuar.
Hoje nada me traduz
Não há canto, melhor amigo
nem poema escondido, nem feixe de luz
Não há sequer sombra do que for que diga.
Hoje nada me conduz
Não há receio nem bem querer
Apático, apenas acredito na fé que pus
No meu desvelo, ao amanhecer.

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