27 de maio de 2008

Sea

Ya estoy en la mitad de esta carretera
tantas encrucijadas quedan detrás...
Ya está en el aire girando mi moneda
y que sea lo que sea.

Todos los altibajos de la marea
todos los sarampiones que ya pasé...
Yo llevo tu sonrisa como bandera
y que sea lo que sea.

Lo que tenga que ser, que sea
y lo que no por algo será
No creo en la eternidad de las peleas
ni en las recetas de la felicidad
Cuando pasen recibo mis primaveras
y la suerte este echada a descansar
yo miraré tu foto en mi billetera
y que sea lo que sea.

Y el que quiera creer que crea
y el que no, su razón tendrá
Yo suelto mi canción en la ventolera
y que la escuche quien la quiera escuchar
Ya esta en el aire girando mi moneda
y que sea lo que sea.

Jorge Drexler

23 de maio de 2008

Um cafezinho

Tomo um gole para acordar. Tomo um gole para dormir.
Neste meio tempo, confesso, é só para não perder o costume.


21 de maio de 2008

Durmo ou não?

Passam juntas em minha alma
Coisas da alma e da vida em confusão,
Nesta mistura atribulada e calma
Em que não sei se durmo ou não.

Sou dois seres e duas consciências
Como dois homens indo braço-dado.
Sonolento revolvo omnisciências,
Turbulentamente estagnado.

Mas, lento, vago, emerjo de meu dois.
Disperto. Enfim: sou um, na realidade.
Espreguiço-me. Estou bem... Porquê depois,
De quê, esta vaga saudade?

Fernando Pessoa

10 de maio de 2008

Me voy

Porque no supiste entender a mi corazón
lo que había en él,
porque no tuviste el valor de ver quien soy.
Porque no escuchas lo que está tan cerca de ti,
sólo el ruido de afuera y yo,
que estoy a un lado desaparezco para ti
No voy a llorar y decir,
que no merezco esto porque,
es probable que lo merezco pero no lo quiero, por eso...
Me voy, que lástima pero adiós
me despido de ti y me voy,
que lástima pero adiós
me despido de ti.
Porque sé, que me espera algo mejor
alguien que sepa darme amor,
de ese que endulza la sal
y hace que, salga el sol.
Yo que pensé, nunca me iría de ti,
que es amor del bueno,
de toda la vida pero hoy entendí,
que no hay suficiente para los dos.
No voy a llorar y decir, que no merezco esto porque,
es probable que lo merezco pero no lo quiero, por eso...
Me voy, que lástima pero adiós
me despido de ti y me voy...
Julieta Venegas

6 de maio de 2008

O Menino Azul



"Ondé qué, menino, ondé qué, menino
Ondé qué, cadê co vo lá...

A ave de noite vagueia procurando encontrar
Uma estrela que clareia para me iluminar

Eu já tô velho e cansado e já não aguento mais
Ó menino encantado, eu venho lhe pedir a paz..."

Eu sempre gostei de cantar esta música, mas nunca havia cantado com outras pessoas. Naquele momento, o sorriso estampado no rosto era de quem vivia, bem distante do outrora.
Via a água cristalina de cor azul-perfeito como quem não acreditava em tudo aquilo. Olhava o fundo do lago como se me visse lá. Algumas vezes me senti o vulcão da história que inventaram... Mas não queria pensar e voltava para a minha perplexidade ao perceber o que estava em minha frente, para a natureza virgem, o menino que tinha todos ao seu redor: árvores, peixes, borboletas no ar...
As pessoas cantavam mantras e olhares, homenageando cada folha que vivia e o sol que iluminava. Abraçavam uma grande árvore que se sentia amada.
Em que rua será que perdi este olhar? Aonde me perdi?
Muito me resgatei, porém. De tudo que vi, do medo da água que por vezes venci, de perceber-me respirar, do firme a pisar na pedra, na terra, do tanto que eu já era e esqueci.
Ao fim do dia olhei para trás e apenas consegui dizer 'obrigada'. A lembrança do pôr-do-sol também nunca falhará.
Não sei o que trouxe comigo, não sei o que deixei por lá. Não importa, diante a imensidão do que sempre estará naquele lugar.
Por que será que ainda choro tanto?