A vontade era de se exaltar, não sabia como. As vezes os desejos vão além do que o próprio corpo ou razão alcançam. Quando deixou a caneta sobre o papel, estava certo da troca que fizera. Então, abandonou o abstrato e agarrou a determinação que nunca antes conhecera. E assim foi.
A mochila nas costas era apenas um símbolo daquilo que mais queria naquele momento, a liberdade de escolher o próprio caminho a seguir, com a única certeza de que por pouco que parecesse era feliz. Feliz sim, pois era vivo e agora livre de quaisquer maltratos que sofrera enquanto estava encarcerado no seu terrível hospital.
Durante o caminho, vez ou outra olhava para trás, na dúvida da estrada certa a percorrer. Insegurança daquele pré-aventureiro, botando em prática o que sempre sonhara: a caça infinda do tesouro da experiência, da coragem, da sabedoria – o tesouro do real saber viver.
Respirou fundo. Em passos constantes de bravura e serenidade, olhando tudo e todos ao redor da estrada quase deserta, descobriu que nada vem em vão, e que o homem no seu masoquismo e desonestidade com o próprio destino não se deixa viver, libertando-se do seu sofrimento e culpa.
Aquela grande família de sem-dentes, o gado atropelado pelo trator selvagem, o casebre destruído pela força do vendaval, fez com que pensasse em tudo isso e concluiu que, se parasse por ali mesmo, já teria valido a pena toda aquela caminhada.
Em passos confiantes e leves, ainda que falhos, ia. Num momento de inspiração e sentimento de liberdade, viu que era no próprio corpo que habitavam os males, ao contrário do que pensava, e que só dependia de si mesmo para se dar alta. Ao perceber o peso da mochila nas costas, viu que era a sua cruz naquela caminhada e a liberdade que a acompanhava não era uma condição, mas um lembrete de que tudo tem o seu preço.
Ao fim da estrada, respirou fundo mais uma vez. Com um sorriso singelo estampado de satisfação, voltou para casa certo de que tudo iria melhorar a partir de então, e dizia aos passantes com a doce simpatia que agora resgatara da remota infância: “Não nos custa tentar.”
A mochila nas costas era apenas um símbolo daquilo que mais queria naquele momento, a liberdade de escolher o próprio caminho a seguir, com a única certeza de que por pouco que parecesse era feliz. Feliz sim, pois era vivo e agora livre de quaisquer maltratos que sofrera enquanto estava encarcerado no seu terrível hospital.
Durante o caminho, vez ou outra olhava para trás, na dúvida da estrada certa a percorrer. Insegurança daquele pré-aventureiro, botando em prática o que sempre sonhara: a caça infinda do tesouro da experiência, da coragem, da sabedoria – o tesouro do real saber viver.
Respirou fundo. Em passos constantes de bravura e serenidade, olhando tudo e todos ao redor da estrada quase deserta, descobriu que nada vem em vão, e que o homem no seu masoquismo e desonestidade com o próprio destino não se deixa viver, libertando-se do seu sofrimento e culpa.
Aquela grande família de sem-dentes, o gado atropelado pelo trator selvagem, o casebre destruído pela força do vendaval, fez com que pensasse em tudo isso e concluiu que, se parasse por ali mesmo, já teria valido a pena toda aquela caminhada.
Em passos confiantes e leves, ainda que falhos, ia. Num momento de inspiração e sentimento de liberdade, viu que era no próprio corpo que habitavam os males, ao contrário do que pensava, e que só dependia de si mesmo para se dar alta. Ao perceber o peso da mochila nas costas, viu que era a sua cruz naquela caminhada e a liberdade que a acompanhava não era uma condição, mas um lembrete de que tudo tem o seu preço.
Ao fim da estrada, respirou fundo mais uma vez. Com um sorriso singelo estampado de satisfação, voltou para casa certo de que tudo iria melhorar a partir de então, e dizia aos passantes com a doce simpatia que agora resgatara da remota infância: “Não nos custa tentar.”
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