Já parou para pensar que nós, dotados do privilégio de sermos os únicos seres capazes de raciocínio e "evolução"(?), a todo momento nos comparamos ou agimos como os animais? Bem ou mal eles nos servem de parâmetro e, muitas vezes, de ingrata metáfora para explicar nossos costumes ou burrices.
Pois é...a burrice! Essa palavra vem do burro... que, diga-se de passagem, é mais inteligente que o cavalo, que no nosso mundo racional daqui, nada mais é do que um cara grosso que vive dando patada.
E as patas do pato? Diz certa espécie que os patos são os animais mais sábios que existem porque já nascem com os dedos unidos para não ter que usar aliança. Vê se pode! Isso só pode ter vindo de um jumento carente...
E falando nisso, por que será que ao imaginarmos um bichinho carente vemos um ursinho fofo, ou um gatinho? Ursos são solitários por natureza, selvagens e fortes o suficiente para não precisarem de mais ninguém; os gatos, bichos individualistas, desconfiados e por vezes, rudes. Não vejo carência nesses seres. O cachorro, por sua vez, tanto pode ser aquela figura dócil pedinte de atenção como pode representar a mais incompreensível e previsível das espécies - os homens.
Mas se chamo um de cachorro é porque sou uma galinha; se uma criatura bate no meu carro a chamo de vaca (se homem, é cachorro mesmo!); se como demais viro baleia; se não tomo banho viro um porco; se protejo demais sou uma coruja; se falo demais sou comparada ao homem da cobra(???); mas se fico quieta na minha viro tatu.
Com essas e outras a gente vai levando a nossa evoluída e racional vida, a passos de tartaruga, bicando tudo feito beija-flor, engolindo os sapos e pagando os micos que aprontamos: incomparáveis seres.
E boca de siri.
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