25 de outubro de 2010

Volver A Los 17

Relembrando um pouco a minha infância.

Adorava esta música antes mesmo de bem saber quem eu era...

Canção de Violeta Parra, com Mercedes Sosa (La Negra) e Milton Nascimento.


Volver a los diecisiete después de vivir un siglo

es como descifrar signos sin ser sabio competente,

volver a ser de repente tan frágil como un segundo

volver a sentir profundo como un niño frente a Dios

eso es lo que siento yo en este instante fecundo.

Se va enredando, enredando

como en el muro la hiedra

y va brotando, brotando

como el musguito en la piedra

como el musguito en la piedra, ay si, si, si.

Mi paso retrocedido cuando el de ustedes avanza

el arca de las alianzas ha penetrado en mi nido

con todo su colorido se ha paseado por mis venas

y hasta la dura cadena con que nos ata el destino

es como un diamante fino que alumbra mi alma serena.

Se va enredando, enredando...

Lo que puede el sentimiento no lo ha podido el saber

ni el más claro proceder, ni el más ancho pensamiento

todo lo cambia al momento cual mago condescendiente

nos aleja dulcemente de rencores y violencias

solo el amor con su ciencia nos vuelve tan inocentes.

Se va enredando...

El amor es torbellino de pureza original

hasta el feroz animal susurra su dulce trino

detiene a los peregrinos, libera a los prisioneros,

el amor con sus esmeros al viejo lo vuelve niño

y al malo sólo el cariño lo vuelve puro y sincero.

Se va enredando, enredando...

De par en par la ventana se abrió como por encanto

entró el amor con su manto como una tibia mañana

al son de su bella diana hizo brotar el jazmín

colando cual serafín al cielo le puso aretes

mis años en diecisiete los convirtió el querubín.

Se va enredando, enredando...

17 de outubro de 2010

Vou

Quando saio levo a alma. Leve me torno.
O cheiro que me acompanha não é de flores, apesar da primavera ativa, porém um olor de felicidade. Exalo-me.
Quando saio esqueço o meu chão. Lanço-me ao piso de cima, ao vento fresco que me carrega para onde quiser e aonde eu queira me esconder.
Vã tentativa - pois quando saio não há ares que me façam esquecê-lo. Não há vidas deixadas para trás, apenas distancio-me do que construí para mim mesma. Não há vida além desta. Este paralelo que crio comigo aonde vou somente me convence que quero ser feliz.
Tão já volto e sinto saudade da praça que deixei, da felicidade que senti e choro: Choro com suspiro de dor por não poder trazer tudo isso para cá, onde vivo; Por não poder compartilhar a praça, o sol e tampouco aquela felicidade com quem eu não esqueci estando por lá.
Mesmo ausente guardarei na lembrança cada lugar que passei em sua companhia, imaginária, que o fez tão ao meu lado.
Sonharei com o dia de não precisar apenas sonhar.
Sonharei com o elevar de duas almas, juntas, vagando leves ao piso de cima.
Quando sairmos.

8 de outubro de 2010

Salmo Mineiro

Salmo 23, em mineirês:

O Sinhô é meu pastô e nada há de me fartá
Ele me faiz caminhá pelos verde capinzá
Ele tamém me leva pros corgos de água carma
Inda que eu tenha qui andá
nos buraco assombrado
lá pelas encruzinhada do capeta
não careço tê medo di nada a-modo-de-quê
Ele é mais forte que o "coisa-ruim"
Ele sempre nos aprepara uma boa bóia
na frente di tudo quanto é maracutaia
E é assim que um dia quando a gente tivé
mais-pra-lá-do-qui-pra-cá
nóis vai morá no rancho do Sinhô
pra inté nunca mais se acabá...