Quando saio levo a alma. Leve me torno.
O cheiro que me acompanha não é de flores, apesar da primavera ativa, porém um olor de felicidade. Exalo-me.
Quando saio esqueço o meu chão. Lanço-me ao piso de cima, ao vento fresco que me carrega para onde quiser e aonde eu queira me esconder.
Vã tentativa - pois quando saio não há ares que me façam esquecê-lo. Não há vidas deixadas para trás, apenas distancio-me do que construí para mim mesma. Não há vida além desta. Este paralelo que crio comigo aonde vou somente me convence que quero ser feliz.
Tão já volto e sinto saudade da praça que deixei, da felicidade que senti e choro: Choro com suspiro de dor por não poder trazer tudo isso para cá, onde vivo; Por não poder compartilhar a praça, o sol e tampouco aquela felicidade com quem eu não esqueci estando por lá.
Mesmo ausente guardarei na lembrança cada lugar que passei em sua companhia, imaginária, que o fez tão ao meu lado.
Sonharei com o dia de não precisar apenas sonhar.
Sonharei com o elevar de duas almas, juntas, vagando leves ao piso de cima.
Quando sairmos.
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