Depois do frevo, um pouco da história do Carnaval da Bahia.
Em 1950 surgiu a famosa dupla elétrica. Após observarem o desfile da famosa "Vassourinha", entidade carnavalesca de Pernambuco que tocava frevo na rua Chile, e empolgados com a receptividade do bloco junto ao público, a dupla elétrica formada por Adolfo Antônio Nascimento -o Dodô- e Osmar Álvares de Macêdo resolveu restaurar um velho Ford 1929, guardado numa garagem. No Carnaval do mesmo ano, saiu às ruas tocando seus "paus elétricos" em cima do carro e com o som ampliado por alto-falantes. A apresentação aconteceu às cinco horas da tarde do domingo de Carnaval, arrastando uma multidão pelas ruas do centro da cidade.
O nome "trio elétrico" surgiu em 1951, quando, pela primeira vez, apresentou-se no Carnaval um conjunto de três instrumentistas. A "dupla elétrica" (Dodô e Osmar) convidou o amigo e músico Temístocles Aragão para integrar o trio e tocar nas ruas de Salvador numa pick up Chrysler, modelo Fargo, maior que a fobica do ano anterior, em cujas laterais se liam em duas placas: "O trio elétrico".
Osmar tocava a famosa guitarra baiana, de som agudo; Dodô era responsável pelo violão-pau-elétrico, de som grave, e Aragão, pelo triolim, como era conhecido o violão tenor, de som médio. Estava formado o trio musical.
No ano seguinte, surgiu o primeiro grande bloco de Carnaval, denominado "Os Internacionais", composto apenas por homens. Nesta época, a todo instante "pipocava" um trio elétrico novo, mas os blocos iam para as ruas acompanhados somente de baterias ou grupos de percussão. Foi aí que também apareceram as famosas cordas e as mortalhas para brincar o Carnaval.
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